Balonismo
A Criação
Um brasileiro inventou os princípios do balonismo e fez subir, em 1709, o primeiro balão de ar quente de que se tem notícia.
Foi o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, de apenas 23 anos, que fez três demonstrações ao Rei João V de Portugal, sendo que na última fez o balão subir cerca de 4 metros, quando acabou a chama e ele caiu.
O invento do Padre chamou-se Passarola, por ter a forma de um pássaro, crivado de multiplicados tubos, pelos quais passava o vento que enchia um bojo que lhe dava a ascensão, e, se o vento minguasse, conseguia-se o mesmo efeito, mediante uma série de foles dispostos dentro do objeto. A concepção e a realização do aerostato por Bartolomeu de Gusmão, significou um passo gigantesco áutica, sendo, por isso, considerado o Pai da Aerostação.
Somente 74 anos depois surge um novo balão de ar quente. A façanha foi dos irmãos franceses Montolfier, que lançaram, em 5 de junho de 1783, um balão que chegou a subir dois mil metros de altura. Foi neste ano que também ocorreu o primeiro vôo tripulado e o lançamento do balão de gás hidrogênio, evoluindo para os balões dirigíveis.
Balonismo no Brasil
No Brasil, uns estimam que o primeiro vôo de balão tenha sido feito em 1867 por dois americanos, os irmãos Allen.
Mas outras fontes registram que o primeiro vôo data de 1885, quando Edouard Heilt subiu por alguns segundos no Saco dos Alferes, no Rio de Janeiro. Entretanto, alguns brasileiros se fascinaram com os balões e a possibilidade de voar, contribuindo para o desenvolvimento do balonismo, como Júlio César Ribeiro de Souza, que em 1881 requereu a patente de um balão dirigível (o “Victória”).
Também tem Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, que em 1893 começou a construir o balão “Bartholomeu de Gusmão” e o pilotou sobre o Realengo, no Rio de Janeiro, em 1894. Em 1902, ele chegou a 400 metros de altitude com seu balão Pax.
E não podemos esquecer Alberto Santos Dumont, que se inspirou no balonismo e desenvolveu uma série de dirigíveis que originaram o avião.